Você tem dois minutos para a palavra do feminismo?!
- Fernanda
- 6 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Falamos bastante nas redes sociais do Vida sobre feminismo e empoderamento das mulheres. Mas me questiono constantemente se isso está claro para todos que nos seguem. Algumas questões teóricas me parecem se perder e, senti a necessidade de falar sobre elas por aqui. Mesmo que pareça claro, mesmo que esteja aparentemente entendido.
Ás vezes, o óbvio precisa ser dito.
Pois muito bem. Falamos constantemente sobre feminismo e assuntos nesse tópico. Falamos sobre igualdade. Feminismo é sobre igualdade. Mas existe um termo que acho bem mais apropriado de utilizarmos aqui pra deixar tudo bem (mais) claro: equidade. Feminismo é sobre equidade de gênero.

Confundimos, no nosso cotidiano, os termos igualdade e equidade. Mas em realidade eles são diferentes. Quando alguém fala em equidade de gênero, está falando sobre justiça, sobre oportunidades iguais, considerando nossas diferenças (porque somos diferentes!!). O termo igualdade nos coloca no mesmo patamar. Assim, equidade me parece um termo mais adequado para a luta feminista.
Os feminismos respeitam as diferenças biológicas entre homens e mulheres, mas apontam que isso não nos torna inferiores. Precisamos entender o feminismo para que a gente possa se identificar com ele, e é por isso que chamamos de feminismos: somos mulheres plurais e esse movimento precisa ser plural também para que realmente abarque todas as mulheres. Se auto-proclamar feminista é um processo, e deve ser feito com estudo, entendimento e principalmente acolhimento de quem você é. Ninguém sabe tudo, sempre temos mais a aprender. Principalmente umas com as outras.
Vivemos sob o domínio do patriarcado, não tem como negar. Você já se perguntou quantos machismos sofreu? Ou ainda, quantos reproduziu, sem se dar conta? Quantas situações desconfortáveis você aceitou sem questionar, porque alguém disse pra você que 'sempre foi assim'? Quando afirmo que se tornar feminista é um processo, é justamente disso que falo. O machismo está tão enraizado em nós, que reproduzimos falas e ações, por vezes sem perceber. Todas nós já reproduzimos esses machismos. Todas nós mesmo. O fato é que, não podemos mais ser passivas quando uma pauta feminista é levantada. Se não for o teu lugar de fala, ouça e aprenda. Se for, debata. E acima de tudo, coloque em prática todos os aprendizados que você teve. Mesmo.
A revolução feminista só vai acontecer com educação e ação. E a gente precisa começar por nós mesmas.
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